Célestin Freinet foi um educador que nasceu em 15 de outubro de 1896, em Gars, vilarejo situado nos Alpes Marítimos da França e viveu até o dia 8 de outubro de 1966. Aluno da Escola Normal de Nice interrompeu os estudos ao concluir o segundo ano, pela ordem de mobilização da 1ª Guerra Mundial (1915). Em 1 de outubro de 1920 foi nomeado como professor adjunto de uma pequena escola primária da zona rural, palco das suas primeiras experiências pedagógicas. Foi prisioneiro da 2ª Guerra Mundial, período de inatividade que aproveitou para escrever partes de sua obra.
Em quase 50 anos de experiência, Freinet tornou-se uma referência entre estudiosos de tendência progressiva, por ter sido o idealizador das bases de uma pedagogia comprometida politicamente com as classes populares, e portanto, com a construção
de uma escola democrática. Foi um dos responsáveis pela organização da Federação Internacional dos Movimentos da Escola Moderna – FIMEM, oficializada em 1948, objetivando o intercâmbio entre educadores, para a construção e o aperfeiçoamento de técnicas, estratégias e ferramentas didáticas capazes de manter a escola moderna.
Ao ingressar na Escola Freinet, o aluno passa a fazer parte desta comunidade de aprendizagem, cuja proposta pedagógica visa seu crescimento global nos aspectos afetivos, sociais e cognitivos, no processo de construção de seu conhecimento. É fato inquestionável que a educação é o principal instrumento para a formação de uma sociedade mais justa.
Compreendemos que a educação transformadora tem como princípio a formação integral para o exercício da cidadania, baseada na construção de valores éticos e morais, no respeito ao semelhante, à diversidade de crenças e à pluralidade cultural.
Estes são livros grandes com folhas em branco, onde o grupo vai construindo sua história dia a dia. O livro também vai para casa, para que a família possa compartilhar deste trabalho e contar, registrar sua história como quiser, com desenhos, fotos, textos. Parentes e amigos também podem participar deste momento de registro.
Os grupos juntamente com os educadores decidem sair para descobrir o mundo e como ele funciona. Pode ser na feira, supermercado, correio, fábricas, etc. Assim, entra em contato com o meio através da vivência e experimentação.
atividade de extrema importância, onde os alunos discutem, dialogam e resolvem questões. Com auxílio de um painel ou cartaz afixado na sala de aula com os dizeres: eu critico, eu proponho e eu felicito. Nele os alunos fazem seus registros, que posteriormente serão utilizados como pauta nas assembleias de classe.
Freinet acreditava que as crianças aprendem melhor fazendo. Ele defendia uma educação baseada em atividades práticas, onde os alunos pudessem explorar, experimentar e descobrir por si mesmos, ao invés de simplesmente receberem informações de forma passiva. Cooperação: A pedagogia de Freinet enfatiza o trabalho colaborativo. Em sua visão, a sala de aula deve funcionar como uma comunidade onde todos trabalham juntos, compartilham responsabilidades e aprendem uns com os outros. Expressão Livre: Freinet valorizava a expressão pessoal dos alunos através da escrita, da arte e de outras formas de comunicação. Autogestão: Em sua abordagem, Freinet propôs que as crianças tivessem um papel ativo na gestão de sua aprendizagem e do ambiente escolar. Isso inclui a participação em decisões sobre o que e como aprender, promovendo autonomia e responsabilidade. Conexão com a Vida: Freinet acreditava que a escola deveria estar profundamente conectada com a vida real e com a comunidade. Ele incentivava atividades que envolvessem a comunidade local e que relacionassem o conteúdo escolar com situações e problemas do cotidiano dos alunos. Ambiente Escolar Flexível: O ambiente de aprendizado na pedagogia de Freinet é flexível, com espaços organizados de maneira que favoreçam a autonomia dos alunos. A sala de aula não é rígida; é um espaço onde as crianças podem se mover livremente, escolher suas atividades e trabalhar em projetos colaborativos. A pedagogia de Freinet é reconhecida por promover uma educação humanista, que respeita as capacidades e os ritmos de cada criança, e que busca formar indivíduos críticos, cooperativos e autônomos.
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